Quando não o que dizer ou quando não souber como dizer algo, simplesmente não diga. É esse o motivo das não postagens.
Há muito o que dizer, mas não existem formas.
Hoje os dois requisitos estão pareados, eis o post.
Inicialmente, li um brevo comentário sobre esse artigo no blog Farelos & sílabas e me interessei. Ao le-lo por completo pensei em colocá-lo no Orkut, em forma de recado, como costumo fazer, de forma à deixar coisas interessantes para quem for xeretar minha vida que é tão monótona.Mas recordei-me deste Blog e decidi dar-lhe atenção.
Obs: O texto está em negrito e meus comentérios entre parenteses, não postei o texto inteiro, somente as partes que remetem à minha realidade. O Link para o site da Autora esta abaixo no fim do artigo.
Cyber Amor
por Ana D’Araújo
— oi... podemos tc?
— sim... pq nao?
— qual o seu nome?
— e o seu?
— em q cidade esta?
— puxa, pena q e longe...
— isso n importa
— ah q bom
— tem namorado?
— não, e vc?(...)
E assim nascem os amores desse tempo.
( Para mim eles têm nascido de um encontro real, mas sempre partem para essa relação virtual, em geral, por causa da distância. Ai ocorre o que se segue: )
A tecla ganhou o lugar do toque; a letra, o da emoção; os sorrisos acontecem plasticamente emoldurados por telas iluminadas.
Há até quem prometa o famoso "seremos felizes para sempre" sem nunca ter visto pessoalmente quem recebe a promessa... E jura não estar fingindo! (...)
( E há quem acretida nisso!)
Há aqueles que dizem nunca ter amado como estão amando o enamorado que apareceu de repente — num chat, naturalmente!
Tem gente que briga porque entendeu que a vírgula era um ponto reticente...
Há também quem guarde mágoa, pois o amigo rapidamente sumiu de sua frente sem escrever um "ausente", pois se importa somente com a vida na tela, ignorando que a vida real é atrás dela — a tela!
Há ainda os observadores de plantão, que se alimentam da investigação, dando conta da vida alheia, sem se dar conta que a sua própria passa longe da realidade.
(SiiiIImm, há tudo isso. Só não posso dizer que me permito esquecer da vida atrás da tela, pois não o faço.)
Outros perderam o prazer pelo sexo real. Então a pele, o toque, o calor passaram a ser irrelevantes. (...)
Meninas iludidas se sentem princesas... Mas seus príncipes não chegam mais em cavalos, como nos contos de fadas. Chegam montados em @@ e mensagens virtuais.
Pessoas viram personas, e agora podem ser o que quiserem ou o que desejam dizer que são. Ludibriam passando-se por "objeto do sonho esperado" de quem está do outro lado... enquanto adoecem na própria mentira. Até pesquisam gostos e desejos para poderem conquistar mais rapidamente o objeto de seu desejo.
Não é à toa que assim como iniciam as paixões virtuais de forma arrebatadora, também acabam da mesma forma. Não têm a chance de se tornarem sólidas; não têm consistência, pois nascem da imaginação de quem as constrói. E um ponto no lugar errado e na hora errada muda o seu destino, pois a imagem perfeita criada desfaz-se como uma nuvem passageira.
(É preciso levar em consideração que estas paixões, no meu caso, parcialmente reais, parcialmente virtuais também causam alegrias e tristezas e quando acabam arrebatadoramente causam aquela dor horrorosa do fim.)
Por outro lado, acontecem as que viram realidade e se concretizam, levando até mesmo a um compromisso duradouro... Mas são raros os casos — ainda são minoria considerando-se a imensa quantidade de envolvimentos virtuais que acontecem a cada dia. Para esta possibilidade é necessária uma disposição de alma que carregue sinceridade, verdade e fuja das projeções.
( Ótimo adendo, acontecem mesmo, ainda que muito raramente, mas há casos reais, por mim preseciados, que já duram 7 anos e caminham para um casamento feliz. Diga-se de passagem que ele é de Minas Gerais e ela é de Santa Catarina.)
(...)
Dentre toda essa realidade emocional-virtual, o amor verdadeiro e concreto se dissolve. Perde espaço para a fantasia que não gera amor consistente, pois parte das construções egoístas.
É certo que a Internet trouxe e continua a trazer a cada dia milhares de benefícios para quem a utiliza. O mundo ficou menor: cabe numa tela. Distâncias vencem as barreiras reais na virtualidade. As amizades se tornam mais presentes e compartilhadoras... E poderíamos enumerar aqui centenas de outros benefícios.
Mas e o amor?
O amor construído pelo convívio, que o faz amadurecer?
E o magnetismo do olhar?
O cheiro da pele? As sintonias concretas?
( É isso que dói. E o toque? O abraço quando é preciso? O ombro para chorar? O sentir? )
Penso que devemos considerar para onde caminhamos, e a despeito de usufruirmos os benefícios da vida cibernética, que saibamos proteger as emoções e o coração das armadilhas da virtualidade, priorizando sempre os encontros que se dão pelos sentidos reais. E caso eles venham a se dar na virtualidade, que existam pactos de verdadeira honestidade e transparência.
É só o amor que conhece o que é verdade!
Que ele nunca seja substituído da vida real por uma virtualidade irreal que a cada dia facilita ilusões e construções produzidas pela imaginação.
( Não há o que comentar. Se houver amor virtual que eles seja baseado na realidade!)
Vale a pena pensar sobre isso!
Psicoterapeuta Clínica
O mundo virtual é capaz de causar uma sensação de solidão inédita no ser humano. É aquela solidão da presença física e não real da pessoa.
Isso voltou a ocorrer ontem comigo, pois antes das férias prolongas que me dei sempre ocorria também.
Eis que desde de o início do mês de dezembro eu não parei um fim de semana, empolguei nas baladas, posteriomente nas festas de fim de ano e,acreditem, nas de início também. Ok, praticamente dois meses de vida social intensa, o tempo inteiro rodiada de amigos e conhecidos, bebendo, comendo, dançando, enfim vivendo da forma mais 'Férias' que pode existir.
Mas em certo tempo é preciso parar e o momento chegou.
Quando me vi em casa ontem, aliás não muito em casa porque trabalho fora da minha cidade natal e todo o tempo supra citado ocorreu lá, a Solidão se abateu sobre mim e, como se abateu.
VazioooO Horroroso!
Corri para onde?? Para a internet, lógico.
Apareceram vááárias pessoas e as conversas se estenderam até altas horas. O vazio passou por um tempo, mas não havia presença, logo eu continuava só e em solidão.
Voltando ao assunto Amor.
Esta semana uma amiga me disse que eu estava com mel, sim esta chovendo na minha horta, só que na minha horta virtual. E isso de nada adianta.:(
Trocaria todos os amores, elogios, desejos e dizeres virtuais (que são ótimos é claro, elevam a auto-estima e tudo o mais) pela metade deles, ou melhor, por 1/3 deles feitos por uma única pessoa que estivesse ao meu lado fisica, mental, sentimental, psicologimente, ou seja, por alguém que eu pudesse sentir.
"Tenho vários namorados mas estou completamente solteira!", foi o que esta amiga disse ser meu hino ao findar da conversa.
E são tantos e tão interessantes! :P Só rezo para que meus "Cybers Amores" não se encontrem pessoalmente, ou que, pelo menos não na minha presença.
É assim, falta Amor Real enquanto sobra Amor Virtual.
Ótima semana a todos, que suas vontades se concretizem, que haja força para lutar e que a realidade seja linnnda e verdadeiramente real.
E para mim: Que um destes "Cybers Amores" (um Especial) resolva tornar tudo Real e Oficial.
BjOO
;)